XXXVI Congresso da FIDEM — Tóquio

A Federação Internacional da Medalha (FIDEM) organiza — com periodicidade bienal, salvo excepções — um congresso internacional para discussão e partilha de conhecimento em torno da medalha artística. O XXXVI Congresso estava, inicialmente, previsto para outubro de 2020. Com o surgimento da pandemia de COVID-19, a organização decidiu adiar o congresso para dezembro de 2021, esperando que desse modo se pudesse realizar sem comprometer a segurança dos participantes. Mesmo com o adiamento, não foi possível assegurar a participação presencial dos participantes, optando a organização por uma proposta de congresso virtual. Assim, a apresentação das palestras e das diferentes cerimónias foi feita em formato de vídeo. A habitual exposição internacional de medalha esteve aberta ao público japonês entre 2 e 16 de dezembro, registando-se cerca de 3500 visitantes. Foi instalada num espaço de grande riqueza decorativa, ao estilo tradicional japonês, no Hotel Gajoen Tokyo. As fotografias da exposição abaixo são cortesia do organizador Toshiaki Yamada.

A minha representação no congresso — juntamente com duas medalhas seleccionadas pelo júri nacional — incluiu a apresentação da palestra “Portraying Portugal: 10 artists, 100 years”, em que apresentei o trabalho de retrato em medalha de dez medalhistas portugueses do último século.

Exposição 12×12 | 2021 — Fora da Caixa

A tradicional exposição de dezembro “12×12” voltou ao Mercado de Santa Clara, rompendo com a tradição que lhe valeu de inspiração para o nome. Desta vez, os artistas foram desafiados a criar sobre telas cartonadas de 20×20 cm, representando a libertação dos confinamentos a que estiveram sujeitos devido à pandemia de COVID-19. Assim, entre os dias 8 e 12 de dezembro, centenas de obras de dezenas de artistas estiveram expostas e à venda. Ficam abaixo algumas fotografias, e a vontade de voltar para o ano.

a cidade e o ferro — I Simpósio de Escultura do Entroncamento

Integrado no Projeto VOLver, realizou-se entre 18 de maio e 2 de junho de 2021, o I Simpósio de Escultura do Entroncamento “a cidade e o ferro”, que contou com a participação dos escultores Ana Mena, Hugo Maciel, João Bernardo, João Duarte e Pedro Marques. Partindo das raízes ferroviárias do Entroncamento, e no sentido de homenagear este património e os seus intervenientes, os cinco escultores tiveram como método a transformação e reciclagem das matérias da ferrovia. Além do trabalho escultórico desenvolvido em regime de oficina aberta à comunidade, foram proferidas palestras e organizadas duas exposições colectivas. 

“A estadia no Entroncamento para o propósito deste simpósio permitiu um mergulho no mundo fascinante da máquina e da indústria que é o universo ferroviário. Da visita ao Museu Nacional Ferroviário, e vivência nos seus espaços, surgiu a vontade de homenagear todas as pessoas envolvidas na História tão rica da ferrovia em Portugal. Com matérias recuperadas do terreno e, por isso, carregadas de energia e memória, propus criar dois retratos sintéticos, um masculino e um feminino que, não representando pessoas particulares, representam toda a família ferroviária. Pretendi sublinhar o esforço de equipa, de todos e todas, destacando a parte humana que num meio industrial de grandes pesos os guia e maneja. Os retratos dispõem-se sugerindo um olhar para o horizonte, para o futuro em aberto. A sua fixação sobre os postes de comunicação estabelece uma relação simbólica de contacto e ligações, cumprindo o característico amarelo a chamada de atenção para a homenagem pretendida.

Homenagem ao Trabalhador da Ferrovia
Estação dos Caminhos de Ferro do Entroncamento
175 x 30 x 75 cm”

Comemorações escultóricas de bolso — processos da medalha construída contemporânea
João Bernardo, 27 e 29 de maio de 2021

a medalha hoje

Entre os dias 9 e 30 de maio de 2021, decorreu a exposição “A Medalha Hoje”, na Galeria Augusto Bértholo, em Alhandra. Com os escultores João Duarte e Vítor Santos, apresentei vários trabalhos de medalha contemporânea.

25 de Abril

No ano de 2020, ainda antes da pandemia se instalar com essa escala, a Associação 25 de Abril convidou-me para desenvolver um cartaz comemorativo do 46.º Aniversário da Revolução dos Cravos. A criação da medalha comemorativa ficou a cargo do Escultor João Duarte.

Neste ano de 2021, tive a honra de aceitar o convite para criar a medalha comemorativa e, em parceria com a artista Catarina Quintas, o novo cartaz. Em ambos, o objectivo era representar a ideia de futuro, evitando a iconografia bélica.

Medalha “25 de Abril 1974-2021”, 70 x 70 x 6 mm, Bronze.

Respeitando a intenção de estímulo ao pensamento no futuro, a medalha elege a ideia de caminho a percorrer como símbolo comemorativo primário. O elemento de pigmentação mais escura representa esse caminho, que se dirige à abertura no corpo da medalha que pretende representar a libertação e as oportunidades indeterminadas de um futuro promissor. A presente solução formal foi desenhada para permitir a sustentação da medalha na posição vertical sem necessidade de suporte, independente e íntegra.

Exposição 12×12 | 2020

No ano atípico de 2020, a exposição anual 12×12 não sofreu atrofia como aconteceu com tantos outros eventos. Pelo contrário, expandiu-se e atingiu novas dimensões bem dignas do seu 10.º aniversário. Centenas de trabalhos voltaram a estar expostos nas caixas de CD que democratizam e nomeiam o certame, desta vez instalado no Mercado de Santa Clara. Fica disponibilizado o catálogo abaixo, e o compromisso de voltar em 2021. 

Monumento à Comunidade Intermunicipal — Aveiro

Foi inaugurado no passado dia 16 de outubro de 2020 o Monumento à Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro. Sujeito a concurso público, foi atribuído o primeiro prémio ao meu projeto que resultou nesta escultura, executada em parceria com o Sr. Hélio Costa da GRAVARTE. Agradeço a toda a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, aos presentes  no evento e a todos os demais fruidores da escultura. 

“Esta escultura pretende ser um monumento às ligações. Ao relacionamento entre municípios, comunidades e cidadãos. Recorda os 30 anos de colaboração e de esforço coletivo para a concretização dos objetivos comuns. É uma celebração da união e é um apelo à sua perpetuação. 


O entrelaçar dos anéis, que representam as pessoas e, por conseguinte, os municípios, sintetiza essa mesma cooperação, e assim, de objetos de equilíbrio frágil constrói o corpo coeso que materializa o conceito de força pela união.


Instalada junto ao solo, pretende aproximar-se de quem por ela passa, integrando o espaço e a comunidade que enaltece.” — João Bernardo, 2019

Exposição 12×12 | 2019

Regressa todos os anos a exposição 12×12, num fim de semana a meio de dezembro. Na galeria Arte Graça são apresentadas centenas de criações inéditas, que sendo tradicionalmente expostas em caixas de CD, transcendem essa restrição nas dimensões com crescentes surpresas visuais. Fica abaixo uma amostra da curiosa coleção de 2019.

Ex libris | Da biblioteca de

Um Ex libris marca artisticamente a pertença de um livro a uma coleção. Privada ou pública.

Artistas de todo o mundo foram desafiados a estudar a sua história e a produzir dessas pequenas gravuras que sintetizam, num instante, personalidades ou instituições.

Convido-vos a explorar as riquezas de formas e soluções gráficas que se harmonizam nesta exposição, patente na Galeria Municipal Artur Bual – Casa Aprígio Gomes até 17 de novembro de 2019, e em parte aqui preservada.